quinta-feira, 15 de maio de 2008

Bacia leiteira dos Eua

Este é um estudo velho porém apresenta uma grande variedade de conceitos em que o professor micke insistiu...

Estados Unidos
Os EUA são o maior produtor mundial de leite, com uma produção de 76,3 bilhões de litros em 2000 (USDA apud FNP, 2001). A Política Agrícola Norte-americana desenvolveu-se sob intensa regulação estatal, por meio de uma grande gama de programas vigentes há mais de setenta anos. Essas políticas são tanto internas quanto de comércio exterior, incluindo a política de suporte de preços e de renda, e os programas de auxílio para a exportação e importação. De maneira geral, as políticas internas norte-americanas voltadas para o setor agrícola objetivam fornecer suporte de preço e à renda dos produtores daquele país, garantindo a oferta adequada de alimentos; além de medidas visando conservar recursos naturais (Langley, 1992 apud Herrera, 2001).
As justificativas apresentadas para a intervenção governamental na agricultura norte-americana são as seguintes:
· os agricultores são considerados um grupo economicamente frágil, dada a sua posição desfavorecida no mercado;
· sem a intervenção do governo haveria maior instabilidade no mercado interno de produtos agrícolas, afetando tanto produtores como consumidores.
Estes fatores sustentam fortemente a regulação estatal para a produção láctea nos Estados Unidos.

A pecuária norte-americana gasta centenas de milhões de dólares em pesquisas voltadas para a melhoria do rebanho leiteiro e de sua produtividade. Por exemplo, em 2001, as empresas Monsanto e Eli Lilly desenvolveram um estímulo à lactação - o BST, capaz de aumentar a produção em 20%.
A partir dos anos 90, as mudanças na cadeia láctea dos Estados Unidos foram consideráveis. Entre os principais condicionantes estão (Dickrell, J. - Why the World Changed apud Jank e Galan, 1998):
· Tecnológicos - as fazendas estão especializadas com 300 a 500 vacas (muita vaca), com economias de escala, especialização e sinergias: leite versus criação de animais versus alimentos;
· Produtos - leites fluidos perdem importância para queijos na formação de preços da indústria;
· Estrutura de mercado - consolidação dos distribuidores (poder dos hipermercados), alianças estratégicas (grande distribuidor versus poucos laticínios);
· Resultados - deslocamento da produção para a costa oeste, indústria concorrendo por grandes produtores, contratos que garantem oferta sustentável e planejada, nova onda de fusões de cooperativas.
A definição dos preços é fortemente regulada pelo governo norte-americano, sendo realizada mensalmente. Os órgãos governamentais analisam a situação do mercado e arbitram o preço do produto. Grandes parcelas dos produtores norte-americanos acreditam, no entanto, que o preço é determinado pelo mercado. Nesta situação, a heterogeneidade regional é evidente, pois em cada região do país há uma formulação diferente para o preço do produto.
A regulação é determinada via dois programas federais. O primeiro é o Dairy Price Support Program (estabelecido em 1949) e o segundo é o Federal Milk Marketing Orders (criado em 1937). Esses programas determinam que o preço ao produtor deve ser mantido entre 75 a 90% do preço de paridade, tendo em vista assegurar a oferta de leite, além de refletir alterações nos custos de produção e, finalmente, permitir ao produtor o recebimento de uma renda adequada para que se mantenha na atividade (Wilkinson, 1966 apud Herrera, 2001). O preço pago pelo leite não pode ser inferior ao estabelecido pelo governo (fato proibido por lei). Assim na Tabela 3.1.1b pode-se observar a posição dominante dos EUA, em torno de 90% da produção total, em relação aos outros países da América do Norte.
fonte : http://www.finep.gov.br/PortalDPP/relatorio_setorial/impressao_relatorio.asp?lst_setor=14

2 comentários:

Carol Scarpitti disse...

Realmente facilitando a nossa vida (:
Obrigada Lilo !
ADOREI
;**

Renato Castelo Branco F. Penteado disse...

Graaande Ítalo

Valew pela boa vontade!